sábado, 19 de maio de 2012

Nadador de 9 anos sonha em participar de Paraolimpíadas

Nadador de 9 anos sonha em participar de Paraolimpíadas


Victor Morcelle, de 9 anos, que não possui nem as mãos e nem os pés treina forte nas piscinas com objetivo de participar das Paraolimpíadas. Assista ao vídeo e conheça a história de superação e dedicação ao esporte.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Estudantes da PUC-Rio criam games para ajudar autistas

De maneira divertida e interativa, os games mostram que a informática pode ser uma importante aliada na contribuição de necessidades específicas, ajudando estas pessoas a superarem dificuldades de compreensão, interação social e fala.
Publicada em 16 de maio de 2012 - 09:00
Desenho que traz uma pessoa dentro do cérebro de outra
Dois games criados por estudantes de mestrado da PUC-Rio (Pontífice Universidade Católica do Rio de Janeiro)Site externo. pretendem ajudar crianças e jovens autistas a se comunicar melhor.
De maneira divertida e interativa, os games mostram que a informática pode ser uma importante aliada na contribuição de necessidades específicas, ajudando estas pessoas a superarem dificuldades de compreensão, interação social e fala.
A estudante colombiana Greis Silva, 26, criou o jogo PAR (peço, ajuda, recebo), instalado em uma mesa touchscreen da própria PUC, que permite a interação social de jovens autistas entre 12 e 17 anos.
No aplicativo, que pode ser customizado de acordo com as necessidades de cada um, o jovem autista só consegue desenvolver uma tarefa se tiver ajuda de outra pessoa com a mesma doença, o que o ajuda a identificar a importância de estar integrado aos demais.
O projeto para a tese de mestrado foi iniciado em setembro de 2011 e ganhou forma a partir de uma busca detalhada de informações sobre a doença. Em seguida, Greis desenvolveu o software e a aplicação no público-alvo.
Desde o dia 24 de abril, a mesa touchscreen está sendo testada com oito crianças e jovens no Instituto Anne SullivanSite externo., no Rio de Janeiro.
Já o projeto de Rafael Cunha, 32, é voltado para crianças de 5 a 9 anos que tenham autismo. O jogo de computador usa um simpático esquilo para conduzir o jogador no aprendizado de novas palavras.
Para aumentar o vocabulário dos autistas, o esquilo percorre cerca de cem itens, que ajudam a criança a distinguir objetos como talher, colher e garfo.
O jogo ainda permite acrescentar outras palavras de acordo com as necessidades específicas de cada jogador.

Os resultados com cinco meninos que participaram dos testes foram aprovados e o jogo estará disponível gratuitamente na internet em junho deste ano no site www.jogoseducacionais.comSite externo..
Fonte: http://noticias.r7.comSite externo.

GIGANTE - ESPORTE + SAUDE

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domingo, 13 de maio de 2012

MANIFESTO MUNDIAL DA F I E P 2000

Manifesto Mundial

Leia na integra o Manifesto Mundial da Educação Física – FIEP/2000
Clique aqui para fazer o download completo do Manifesto em Português
Leia o Manifesto Mundial da Educação Física de 1970
Leia na integra o Manifesto Mundial da Educação Física – FIEP/2000 em espanhol
Veja outros documentos da Educação Física Brasileira e Mundial

Capa do Manifesto FIEP/2000

APRESENTAÇÃO

A Fédération Internationale d’Education Physique (FIEP), fundada em 1923, como o mais antigo organismo internacional que trata da Educação Física, tem sido palco principal do debate sobre a Educação Física no mundo desde sua fundação. A própria evolução da discussão internacional sobre Educação Física fez com que a FIEP muitas vezes mudasse seus caminhos.
A importância da FIEP no cenário internacional estimulou – a a elaborar no final da década de 1960 o Manifesto Mundial da Educação Física (1970). Aquele manifesto praticamente conceituou a Educação Física e norteou seus caminhos mundialmente, após a tradução em todos os idiomas existentes.
Depois, somos testemunhas de que muitas mudanças contextuais ocorreram, inclusive a necessidade de se revisitar praticamente todos os conceitos já existentes nas áreas de atuação e de conhecimento. No caso da Educação Física, não poderia ser diferente. A complexidade dos dias atuais, nos obriga não só a rever conceitos, mas também conectar todas as áreas com os temas e questões universais do Planeta Terra, como o meio ambiente, a paz, os países em desenvolvimento e a qualidade que a sociedade mundial está a exigir.
Foi nesta contextualização, que o presidente da FIEP, John Andrews, com a responsabilidade de estar presidindo um dos organismos mais importantes entre aqueles que tratam dos problemas humanos, resolveu convocar novamente a nossa Federação para aproveitar este momento mágico da passagem de século e milênio, lançando um novo Manifesto Mundial da Educação Física. Com muita confiança, entregou – me esta missão de coordenar a redigir este manifesto.
Há alguns anos que coleto documentos, cartas, declarações dos diversos organismos internacionais que tratam da Educação Física, além das conclusões e recomendações de todos os congressos realizados. É por isso que posso desde já afirmar que o Manifesto Mundial da Educação Física – FIEP 2000 é um documento – síntese de tudo que foi discutido na segunda metade do século XX e proposto pelos fiepianos em todos os quadrantes e continentes.

Prof. Paulo Ernesto Antonelli
Divulgando o Manifesto Mundial em Portugal

Agora, terminando o documento, sinto – me orgulhoso pela missão cumprida e não tenho dúvida em afirmar que foi o meu maior exercício intelectual e já me sinto em condições de tentar substituir John Andrews a seu pedido e com apoio da comunidade mundial de Educação Física.
O novo Manifesto, idéia e compromisso de John, está iminentemente pronto. Digo que não está pronto, porque muitos virão com novas reflexões. o que permitirá um renascer no debate da Educação Física, à medida que for apresentado em cada idioma.
O Manifesto amplia o conceito de Educação Física depois de entendê – la como direito de todos. A seguir, ainda reforçando seu conceito, mostra que a Educação Física agora, além das interdependências com a Educação será uma Educação para a Saúde e para o Lazer, através do desenvolvimento de estilos de vida ativos das pessoas.
Depois, a Educação Física, como todas as outras áreas, não se exclui de responsabilidades diante das grandes questões contemporâneas. Na parte final do documento expressa os papéis e responsabilidades de instituições e pessoas em relação a esta nova Educação Física. Finalmente, o Manifesto mostra que a missão da FIEP não termina com a edição do documento.
Por tudo isso, reitero o meu orgulho por ter concluído este Manifesto, que além de Manifesto é sem dúvida uma grande reflexão, e reafirmo a minha gratidão ao meu amigo Professor John Andrews pela oportunidade única que me deu ao passar a responsabilidade do Manifesto Mundial da Educação Física FIEP 2000 e por confiar – me a sua sucessão na Fédération Internationale d’Education Physique, o mais antigo e talvez, o mais importante.

Manoel Tubino

Na Assembléia Geral da FIEP, realizada em Foz do Iguaçu/PR – Brasil  durante o Congresso Mundial de Educação Física – FIEP de 09 a 13 de janeiro de 2000,  sob a coordenação do Prof. John Andrews, que após recebimento       de contribuição de professores de todos os Continentes, coube ao Prof. Dr. Manoel José Gomes Tubino, a apresentação do MANIFESTO MUNDIAL DA EDUCAÇÃO FÍSICA FEIP 2000,  sendo aprovado peal Assembléia Geral da FIEP.  Todos os participantes do Congresso receberam uma cópia do Manifesto, que é composto de 23 capítulos, distribuídos em 26 artigos, e no final de cada artigo tem uma conclusão da FIEP.
APRESENTAÇÃO
CAPÍTULO IO direito de todos à Educação Física
CAPÍTULO IIO conceito de Educação Física
CAPÍTULO IIIO meio específico da Educação Física
CAPÍTULO IVA Educação Física como componente prioritário do processo de educação
CAPÍTULO VA educação física e a sua perspectiva de educação continuada
CAPÍTULO VI A Educação Física na escola e o seu compromisso de qualidade
CAPÍTULO VII A educação física como educação para a saúde
CAPÍTULO VIII A educação física como educação para o lazer
CAPÍTULO IX A educação física como um meio de promoção cultural
CAPÍTULO X As relações da Educação Física com o esporte
CAPÍTULO XI A  Educação Física e a necessidade de uma ciência de sustentação
CAPÍTULO XIIAs relações da Educação Física  com o turismo
CAPÍTULO XIIIOs professores como agentes principais da Educação Física
CAPÍTULO XIVA Educação Física e a adequação de instalações e equipamentos
CAPÍTULO XVA Educação Física para pessoas com necessidades especiais
CAPÍTULO XVIA Educação Física como instrumento contra a discriminação e a exclusão social
CAPÍTULO XVIIA Educação Física nos países sub-desenvolvidos e em desenvolvimento
CAPÍTULO XVIIIA educação física  como fator para uma cultura da paz
CAPÍTULO XIXA Educação Física e as responsabilidades diante do meio ambiente
CAPÍTULO XXA cooperação internacional pela Educação Física
CAPÍTULO XXIO papel dos meios de comunicação diante da educação física
CAPÍTULO XXII As responsabilidades das autoridades governamentais diante da Educação Física
CAPÍTULO XXIIIA fiep e seu manifesto mundial da Educação Física

Conclusão dos 26 artigos:  

O MANIFESTO MUNDIAL DA EDUCAÇÃO FÍSICA
FIEP 2000

Art. 1 – A Educação Física, pelos seus valores, deve ser compreendida como um dos direitos fundamentais de todas as pessoas.
Art. 2 – A Educação Física, como direito de todas as pessoas, é um processo de Educação, seja por vias formais ou não – formais,
  • Que ao Interagir com as influências culturais e naturais (água, ar, sol etc.) de cada região e instalações e equipamentos artificiais adequados;
  • Que ao Utilizar atividades físicas na forma de exercícios ginásticos, jogos, esportes, danças, atividades de aventura, relaxamento e outras opções de lazer ativo, com propósitos educativos;
  • Que ao Objetivar aprendizagem e desenvolvimento de habilidades motoras de crianças, jovens, adultos e idosos, aumentando as suas condições pessoais para a aquisição de conhecimentos e atitudes favoráveis para a consolidação de hábitos sistemáticos de prática física;
  • Que ao Promover uma educação efetiva para a saúde e ocupação saudável do tempo livre de lazer;
  • Que ao Reconhecer que práticas corporais relacionadas ao desenvolvimento de valores, podem levar à participação de caminhos sociais responsáveis e busca da cidadania;
    CONSTITUI – SE num meio efetivo para a conquista de um estilo de vida ativo dos seres humanos.
Art. 3 – As atividades físicas, com fins educativos, nas suas possíveis formas de expressão, reconhecidas em todos os tempos como os meios específicos da Educação Física, constituem – se em caminhos privilegiados de Educação.
Art. 4 – A Educação Física, pelo seu conceito e abrangência, deve ser considerada como parte do processo educativo das pessoas, seja dentro ou fora do ambiente escolar, por constituir – se na melhor opção de experiências corporais sem excluir a totalidade das pessoas, criando estilos de vida que incorporem o uso de variadas formas de atividades físicas.
Art. 5 – A Educação Física, deve ser assegurada e promovida durante toda a vida das pessoas, ocupando um lugar de importância nos processos de educação continuada, integrando – se com os outros componentes educacionais, sem deixar, em nenhum momento, de fortalecer o exercício democrático expresso pela igualdade de condições oferecidas nas suas práticas.
Art. 6 – A Educação Física, pelas suas possibilidades de desenvolver a dimensão psicomotora das pessoas, principalmente nas crianças e adolescentes, conjuntamente com os domínios cognitivos e sociais, deve ser disciplina obrigatória nas escolas primárias e secundárias, devendo fazer parte de um currículo longitudinal;
Art 7 – A Educação Física, para que exerça sua função de Educação para a
Saúde e possa atuar preventivamente na redução de enfermidades relacionadas com a obesidade, as enfermidades cardíacas, a hipertensão, algumas formas de câncer e depressões, contribuindo para a qualidade de vida de seus beneficiários, deve desenvolver nas pessoas os hábitos de prática regular de atividades físicas.
Art. 8 – A Educação Física deverá sempre constituir – se de práticas prazerosas para que possa criar hábitos e atitudes favoráveis nas pessoas quanto ao uso das diversas formas de atividades físicas no tempo para o lazer.
Art. 9 – A Educação Física, deverá eticamente ser utilizada sempre como um meio adequado de respeito e de reforço às diversidades culturais.
Art. 10 – A Educação para o Esporte, pelo potencial humanístico e social que o fenômeno sociocultural esportivo representa, deve ser estimulada e promovida em todos os processos de Educação Física.
Art. 11 – O Esporte Educacional e o Esporte – Lazer ou de Tempo Livre devem ser considerados como conteúdo da Educação Física pela similaridade de objetivos, meios e possibilidades de utilização ao longo da vida das pessoas.
Art. 12 – A Educação Física, como campo de atuação essencial para as pessoas, necessita que todos os organismos e instituições que a consideram como objeto principal, prossigam desenvolvendo eventos e estudos que permitam uma sustentação científica para a ação dos profissionais nela envolvidos.
Art.13 – A Educação Física, pelas suas características e potencial de oferecimento de atividades físicas nas suas diferentes formas, pode e deve constituir – se como uma das opções principais nos programas de Turismo.
Art. 14 – A formação de profissionais, considerada necessária para a atuação na área da Educação Física, deve ser revista para que possa atender os novos sentidos conceituais desta área;
Art. 15 – Os atuais professores de Educação Física precisam readaptar suas atuações e seus processos de aperfeiçoamento em função dos caminhos propostos por este Manifesto.
Art. 16 – Todos os responsáveis pelos processos de Educação Física devem empenhar – se na busca de instalações e meios materiais adequados para que não seja prejudicada nos seus objetivos.
Art. 17 – A Educação Física, ao ser reconhecida como meio eficaz de equilíbrio e melhoria em diversas situações, quando oferecida a pessoas com necessidades especiais, deverá ser cuidadosamente adaptada às características de cada caso.
Art. 18 – A Educação Física deve ser utilizada na luta contra a discriminação e a exclusão social de qualquer tipo, democratizando as oportunidades de participação das pessoas, com infra – estruturas e condições favoráveis e acessíveis.
Art. 19 – Os profissionais responsáveis pela Educação Física em países e nações subdesenvolvidas, em situações de escassez, deverão buscar competência e criatividade na busca de estratégias pedagógicas, para que os beneficiários, mesmo assim, possam atingir as intenções educativas propostas.
Art. 20 – A Educação Física, pelo que representa na promoção das pessoas de acordo com este Manifesto, deve ser um foco de atenção dos países desenvolvidos, para que possam através de programas desprovidos de assistencialismo, contribuir com os países subdesenvolvidos, procurando diminuir as desigualdades de condições entre os povos.
Art. 21 – A Educação Física deve contribuir para a Cultura da Paz , ao ser usada no sentido de uma sociedade pacífica de preservação da dignidade humana através de iniciativas de aproximação das pessoas e dos povos, com programas que promovam cooperações e intercâmbios nacionais e internacionais.
Art. 22 – Todos os responsáveis por qualquer manifestação de Educação Física deverão contribuir com efetividade para que ela seja desenvolvida e oferecida numa convivência saudável com o meio ambiente, sem causar impactos negativos, inclusive, utilizando instalações planejadas neste objetivo e equipamentos, preferencialmente, reciclados sem materiais poluentes.
Art. 23 – A cooperação internacional usando a Educação Física como meio, pela sua tradição e novas possibilidades, deve ser mais ainda incentivada e desenvolvida, através de intercâmbios de cooperação técnica, programas de bolsas e estágios, facilidades para participação em eventos, e outras formas que reforcem a cooperação, a amizade e a solidariedade entre os diferentes povos.
Art. 24 – Os responsáveis pela Educação Física devem, nas suas estratégias de valorização da Educação Física para as pessoas, buscar todas as formas de comunicação que possam reforçar o conhecimento dos seus benefícios.
Art. 25 – Os governos e as autoridades responsáveis pela Educação Física devem reforçar suas políticas e ações, reconhecendo os valores da Educação Física, priorizando os meios sociais desfavorecidos economicamente.
Art. 26 – A Fédération Internationale d’Education Physique, ao apresentar o Manifesto Mundial da Educação Física FIEP 2000 será a responsável pela tradução nos idiomas principais e pela sua difusão por todo o mundo, através da rede de seus delegados nacionais.
Fontes:
Site: www.fiepbrasil.org
FIEP BULLETIN   Vol. 70 –   Nº 1 – 2 – 3    2000 – 2001

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Mulher que só mexe olhos e queixo defende doutorado na USP | Deficiente Ciente

Mulher que só mexe olhos e queixo defende doutorado na USP | Deficiente Ciente

Mulher que só mexe olhos e queixo defende doutorado na USP | Deficiente Ciente

Mulher que só mexe olhos e queixo defende doutorado na USP | Deficiente Ciente

Uso correto da terminologia sobre o tema deficiência – Parte 1 | Deficiente Ciente

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Mídia e deficiência: Quando utilizarão a terminologia correta? | Deficiente Ciente

Mídia e deficiência: Quando utilizarão a terminologia correta? | Deficiente Ciente

EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA E EDUCAÇÃO ESPECIAL - BLOG DO PROFESSOR SERGIO CASTRO: Modalidades Paraesportivas assistidas pelo — Comi...

EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA E EDUCAÇÃO ESPECIAL - BLOG DO PROFESSOR SERGIO CASTRO: Modalidades Paraesportivas assistidas pelo — Comi...: Modalidades — ComiteParaolimpico Brasileiro Modalidades Atletismo Participam atletas com deficiência física e visual, em provas masculina...

domingo, 6 de maio de 2012

OSCAR EXPERIMENTA JOGAR BASQUETE EM CADEIRA DE RODAS

Homem e máquina, cada vez mais unidos

Novas tecnologias desenvolvidas em vários centros de pesquisa pelo mundo transformam corpos humanos em telas, teclados e fios condutores de dados

Larissa Veloso, de Estocolmo
IstoE_HomemMaquina_255.jpg
Assista ao vídeo sobre novas tecnologias
chamada.jpg
Pesquisadores da Universidade Carnegie Mellon (EUA)
desenvolveram protótipo que permite que usuários possam 
usar o próprio corpo como uma tela touch screen
Quando se fala sobre o futuro da tecnologia, muita gente pensa em robôs. Mas inúmeras pesquisas e invenções demonstram que não é preciso criar máquinas parecidas com os humanos para facilitar nossa interação com os computadores. Daqui a alguns anos, muitas das suas funcionalidades estarão integradas aos nossos próprios corpos.

Um dos melhores exemplos é o protótipo que está sendo chamado de OmniTouch. Desenvolvido por pesquisadores da Microsoft e da Universidade Carnegie Mellon (EUA), o dispositivo permite que uma tela sensível ao toque seja projetada em qualquer superfície, inclusive no corpo do usuário. Isso faz com que braços e mãos possam ser usados como tela, dispensando o uso de outros aparelhos (leia quadro). Com tecnologia semelhante ao Kinect – videogame que captura os movimentos do jogador –, o OmniTouch usa uma câmera para captar os movimentos dos dedos dos usuários, que são interpretados por um cérebro digital.

E não é só a tela que pode sumir. Botões e mouse já saíram de moda com a popularização dos tablets e smartphones com telas sensíveis ao toque. No futuro, escolher programas em um computador pode ficar tão natural quanto piscar os olhos. Na Suécia, a empresa Tobii já desenvolve dispositivos de eye tracking, sistema que viabiliza o controle de um mouse por meio de movimentos oculares. “Os olhos são uma ferramenta fantástica e um método muito eficiente de se apontar para algo. É muito mais rápido do que um mouse e muito mais intuitivo”, explica o CEO da empresa, Henrik Eskilsson.
img.jpg
O sistema tem duas aplicações principais em prática na Suécia. A primeira é a identificação do ponto preciso para onde um consumidor está olhando quando está em frente a uma gôndola com produtos no supermercado. De posse da informação, especialistas em marketing podem saber qual o ibope de suas embalagens e marcas. A segunda, talvez a mais importante, é possibilitar que pessoas com paralisia cerebral possam usar o computador para estudar, se comunicar e trabalhar. “Há cerca de cinco mil pessoas com dificuldades severas de fala e movimento que usam nossos sistemas ao redor do mundo”, afirma Eskilsson. A empresa trabalha agora em um protótipo de notebook para o público em geral, ainda sem previsão de lançamento.

Quem também está de olho – sem trocadilhos – nessa nova tecnologia é o Google. O gigante da internet lançou recentemente um vídeo sobre o que chama de “Project Glass”. As imagens revelam óculos que usariam a realidade aumentada e o eye tracking para permitir que o usuário visualize e acesse informações nas lentes do dispositivo. Seria como estar “vestindo” o seu próprio smartphone, praticamente 24 horas por dia. Outros objetos simples, como um anel, também poderiam esconder apetrechos tecnológicos. Um exemplo é o protótipo da “Two Finger Camera”, criado pelo designer Yeon Su Kim, que promete ao usuário o enquadramento de fotos utilizando apenas os dedos indicador e polegar.

Mas, se depender das empresas, a relação do corpo com a tecnologia poderá ser ainda mais íntima, a ponto de nossa própria pele substituir cabos e fazer o papel de transmissor de dados entre aparelhos. É nisso que apostam pesquisadores da Ericsson. A companhia desenvolveu um protótipo de caixas de som nas quais as mãos e os braços das pessoas servem de ponte para transmitir as músicas. As informações são enviadas pelo corpo da pessoa a dez megabits por segundo, o que, para o fabricante, não prejudica a saúde de quem usa o sistema. 

De acordo com os especialistas, a aplicação desse princípio ainda pode ir além. “No futuro, poderíamos ter um aparelho no bolso e apenas tocar na porta de uma casa para transmitir dados sobre quem somos. Com base nessas informações, a entrada seria autorizada ou não”, explica o gerente de estratégia e inovação da Unidade de Produtos de Rádio da empresa sueca, Jan Hederen. O desenvolvimento ainda está na fase de experimentos e protótipos, mas as aplicações parecem promissoras. “Outra possibilidade é que poderemos nos comunicar com uma máquina apenas por meio dos movimentos das mãos. Hoje fazemos gestos para pegar coisas no espaço. Por que não utilizar o mesmo movimento para ‘agarrar’ links?”, completa Hederen. Prepare-se para as surpresas e maravilhas da era da imersão digital total.

Homem e máquina, cada vez mais unidos

Homem e máquina, cada vez mais unidos

Novas tecnologias desenvolvidas em vários centros de pesquisa pelo mundo transformam corpos humanos em telas, teclados e fios condutores de dados

Larissa Veloso, de Estocolmo
IstoE_HomemMaquina_255.jpg
Assista ao vídeo sobre novas tecnologias
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Pesquisadores da Universidade Carnegie Mellon (EUA)
desenvolveram protótipo que permite que usuários possam 
usar o próprio corpo como uma tela touch screen
Quando se fala sobre o futuro da tecnologia, muita gente pensa em robôs. Mas inúmeras pesquisas e invenções demonstram que não é preciso criar máquinas parecidas com os humanos para facilitar nossa interação com os computadores. Daqui a alguns anos, muitas das suas funcionalidades estarão integradas aos nossos próprios corpos.

Um dos melhores exemplos é o protótipo que está sendo chamado de OmniTouch. Desenvolvido por pesquisadores da Microsoft e da Universidade Carnegie Mellon (EUA), o dispositivo permite que uma tela sensível ao toque seja projetada em qualquer superfície, inclusive no corpo do usuário. Isso faz com que braços e mãos possam ser usados como tela, dispensando o uso de outros aparelhos (leia quadro). Com tecnologia semelhante ao Kinect – videogame que captura os movimentos do jogador –, o OmniTouch usa uma câmera para captar os movimentos dos dedos dos usuários, que são interpretados por um cérebro digital.

E não é só a tela que pode sumir. Botões e mouse já saíram de moda com a popularização dos tablets e smartphones com telas sensíveis ao toque. No futuro, escolher programas em um computador pode ficar tão natural quanto piscar os olhos. Na Suécia, a empresa Tobii já desenvolve dispositivos de eye tracking, sistema que viabiliza o controle de um mouse por meio de movimentos oculares. “Os olhos são uma ferramenta fantástica e um método muito eficiente de se apontar para algo. É muito mais rápido do que um mouse e muito mais intuitivo”, explica o CEO da empresa, Henrik Eskilsson.
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O sistema tem duas aplicações principais em prática na Suécia. A primeira é a identificação do ponto preciso para onde um consumidor está olhando quando está em frente a uma gôndola com produtos no supermercado. De posse da informação, especialistas em marketing podem saber qual o ibope de suas embalagens e marcas. A segunda, talvez a mais importante, é possibilitar que pessoas com paralisia cerebral possam usar o computador para estudar, se comunicar e trabalhar. “Há cerca de cinco mil pessoas com dificuldades severas de fala e movimento que usam nossos sistemas ao redor do mundo”, afirma Eskilsson. A empresa trabalha agora em um protótipo de notebook para o público em geral, ainda sem previsão de lançamento.

Quem também está de olho – sem trocadilhos – nessa nova tecnologia é o Google. O gigante da internet lançou recentemente um vídeo sobre o que chama de “Project Glass”. As imagens revelam óculos que usariam a realidade aumentada e o eye tracking para permitir que o usuário visualize e acesse informações nas lentes do dispositivo. Seria como estar “vestindo” o seu próprio smartphone, praticamente 24 horas por dia. Outros objetos simples, como um anel, também poderiam esconder apetrechos tecnológicos. Um exemplo é o protótipo da “Two Finger Camera”, criado pelo designer Yeon Su Kim, que promete ao usuário o enquadramento de fotos utilizando apenas os dedos indicador e polegar.

Mas, se depender das empresas, a relação do corpo com a tecnologia poderá ser ainda mais íntima, a ponto de nossa própria pele substituir cabos e fazer o papel de transmissor de dados entre aparelhos. É nisso que apostam pesquisadores da Ericsson. A companhia desenvolveu um protótipo de caixas de som nas quais as mãos e os braços das pessoas servem de ponte para transmitir as músicas. As informações são enviadas pelo corpo da pessoa a dez megabits por segundo, o que, para o fabricante, não prejudica a saúde de quem usa o sistema. 

De acordo com os especialistas, a aplicação desse princípio ainda pode ir além. “No futuro, poderíamos ter um aparelho no bolso e apenas tocar na porta de uma casa para transmitir dados sobre quem somos. Com base nessas informações, a entrada seria autorizada ou não”, explica o gerente de estratégia e inovação da Unidade de Produtos de Rádio da empresa sueca, Jan Hederen. O desenvolvimento ainda está na fase de experimentos e protótipos, mas as aplicações parecem promissoras. “Outra possibilidade é que poderemos nos comunicar com uma máquina apenas por meio dos movimentos das mãos. Hoje fazemos gestos para pegar coisas no espaço. Por que não utilizar o mesmo movimento para ‘agarrar’ links?”, completa Hederen. Prepare-se para as surpresas e maravilhas da era da imersão digital total.